JULGAMENTOS PRECIPITADOS E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Sonia Rosalia

Durante esta semana recebi esse vídeo de uma amiga. A ideia era pensar na Afetividade na Educação – Relação professor e aluno.

O vídeo tocou-me profundamente, não tanto pela afetividade na educação, mas pela reflexão a respeito de julgamentos precipitados que possamos fazer em relação a outras pessoas.

Assistam ao vídeo e voltem para os comentários.

Personagens

Professor – Percebe o atraso do garoto. Vê a reincidência diária. Julga o motivo como desleixo ou preguiça. Não pergunta, apenas pune. Não é um homem mau, mas naquele momento age como se fosse. Quer ensinar o menino a ser pontual, mas o faz de forma errada. Sabe pedir perdão quando se depara com o julgamento errôneo.

Colegas de classe – Por medo ou desconhecimento não falam absolutamente nada. Vemos alguns olhares e um ou outro semblante mais triste. Na saída, alegria geral da criançada. O problema do outro é do outro, não é meu.

Mãe do menino – Doente, precisa de ajuda. Pelo que nossos olhos puderam observar, o filho é seu cuidador principal. Estará aos cuidados de outros apenas enquanto o menino estiver na escola.

Menino – Chega atrasado todos os dias, pois precisa deixar a mãe aos cuidados de alguém. Vai correndo para a escola, mas nem assim consegue chegar a tempo. Triste. Solitário. Resignado. Não se justifica. Não reclama diante da punição. Não se queixa. Sabe o que deve fazer: cuidar da mãe e depois ir para a escola. Não se abstém de seu dever, mesmo diante das punições diárias.

Poderia ser um mimimi, mas… um mimimi não faria o que ele faz.

Forte. Responsável. Alguém em quem se pode confiar.

Nós e os julgamentos

Por mais que tentemos nos policiar é quase inevitável que acabemos por fazer julgamentos a respeito de outras pessoas. Algumas vezes acertamos em cheio, outras, passamos longe, muito longe…

Os julgamentos precipitados e sem conhecimento de causa podem nos levar a ser injustos. Vemos isso acontecer todos os dias e, às vezes, somos nós os protagonistas de grandes injustiças.

O que fazer, então?

Procurar ouvir os dois lados antes de julgar. Muitas vezes não sabemos o motivo de alguém agir de determinada forma.

Não tirar conclusões precipitadas ao presenciar atos, falas ou atitudes de outros.

Retidão de intenção. Saber voltar atrás. Saber pedir perdão. Restituir a boa fama do outro quando, por nossa culpa, a mesma foi tirada.

Voltando ao vídeo, o professor ao perceber o quão injusto estava sendo com o garoto fez seu pedido de perdão através de um afetuoso abraço e um beijo em sua mão. A mesma mão que ele machucava todos os dias, enquanto não conhecia o outro lado da moeda. E mais, porque agia de forma injusta diante das crianças, foi diante das crianças que seu pedido de perdão aconteceu.

Retidão. Amor à verdade. Boas coisas que podemos pensar e tirar proveito a partir deste vídeo.

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