Li, há alguns dias, um texto de Cecília Galatolo sobre a importância de celebrar festas em família. O tema que já era muito querido e especial em nossa família, tomou lugar de destaque e aqui vai um breve relato dos nossos encontros familiares. Se você também curte o tema, pode chegar. Encontre o seu lugar, pegue uma xícara de café e aproveite. Você é nosso convidado.
Desde que nós namorávamos, eu e Valter, sempre quisemos ter a casa cheia. Começou pelo fato de que queríamos ter muitos filhos e sabíamos que só isso já geraria uma enorme alegria.
Lembro-me que ao escolher os móveis da sala nunca paramos diante de uma mesa para quatro lugares. Não cabia em nosso pensamento. Tinha que ter lugar para receber. E escolhemos uma mesa com 8 cadeiras. Daria bem para o nosso começo. E deu.
Receber as pessoas em casa sempre foi uma alegria. Há todo um preparo, o pensar em cada um com muito carinho.
Se são amigos, a dica é não lotar a casa. Sempre deixar a possibilidade de conversar com cada um e, ao mesmo tempo, que todos possam ouvir quem está falando quando estão juntos. Nunca monopolizar uma conversa ou “alugar” um único convidado. Que todos sintam-se queridos e bem-vindos.
Faço um parêntese aqui para elogiar as sobrinhas de um casal de amigos muito queridos. Certa vez, ao visita-los por ocasião de um aniversário, chamou-me muito a atenção o fato de as duas meninas, adolescentes na época, circularem em todo o salão e sentarem-se à mesa dos convidados dando atenção e conversando com todos. Que exemplo de boas anfitriãs. E eram, como disse, adolescentes. Educadas, desenvoltas, perguntavam sobre cada um. Falando pouco de si mesmas e muito atenciosas com todos.
Os encontros familiares
Como é bom celebrar com a família. Aniversários, Páscoa, Natal, Ano Novo. Toda festa é motivo para se reunir. Toda reunião é motivo para estar juntos. Todo encontro é sempre uma alegria.
Quando se tem muitos filhos, muitos encontros acontecem. E isso é muito bom. Os aniversários são planejados cuidadosamente. O bolo fica sob os cuidados de um, os docinhos ficam ao encargo de outro e quem não cozinha, ajuda a arrumar a casa.
Que todos tenham alguma atividade para esses encontros familiares. Assim, ninguém fica sobrecarregado. E isso é incrível, porque quando todos colaboram antes, todos podem aproveitar o “durante” com muito mais alegria.
O Natal é, sem dúvida, a festa por excelência. É um momento de congraçamento, tranquilidade, reflexão. É tempo de procurar aqueles que estão mais afastados, trazer para perto de si e mostrar que, apesar da distância, não são menos amados nem tampouco esquecidos. No coração de quem ama sempre há lugar para mais um.
Para os encontros familiares ou entre amigos é sempre bom planejar-se antes. Conhecer as pessoas para “mimá-las” de alguma forma: aquela comida preferida, aquele petisco, aquela flor no canto da sala, um jogo de tabuleiro, uma música, enfim, de acordo com os convidados, os preparativos são pensados cuidadosamente e, por que não dizer: individualmente.
As crianças já são uma festa
Quando meus filhos eram pequenos, gostavam de fazer teatrinho para os adultos nas nossas reuniões familiares. Entrosar as crianças e não as isolar ou afastá-las dos mais velhos é uma excelente forma de ter filhos adolescentes participando das festas.
Lembrar que as crianças são reflexos dos adultos que as cercam. Se somos afetivos e amorosos, se demonstramos ter apreço e carinho pelas pessoas, se respeitamos as necessidades de cada um, se a delicadeza sobressair na fala e nas atitudes, nossas crianças seguirão o mesmo exemplo.
E o “depois” da festa? É cansativo?
O “depois” da festa que foi feita com todo amor traz consigo um cansaço gostoso e um sorriso no rosto. O mesmo sorriso de Babette ao saborear uma taça de vinho, na cozinha, depois do grande jantar. O amor, quando transborda, tem suas próprias características e estas são sempre serenas.
O próximo encontro? Será em breve, será um prazer, porque servir é sempre uma alegria.
Segue o trailer do filme A Festa de Babette. Para quem assistiu, vale recordar. E para quem não assistiu é um filme que vale muito a pena em todos os sentidos, especialmente, no que se refere a servir com alegria.
Amei!!! Lindo texto!