Leo Trese
Porventura não se vendem
Dois passarinhos por um asse?
E todavia nem um só deles
Cairá sobre a terra
Sem a permissão de vosso pai.
Até os próprios cabelos
Da vossa cabeça
Estão todos contados.
Não vos preocupeis, pois,
Vós valeis mais
Do que muitos pássaros.
(Mt 10, 29-31)
(…)
“Deus jamais deixou de amar-te. Mesmo nos teus momentos de mais negra ingratidão, nos momentos do teu pecado mais sombrio, Deus não parou de amar-te. Assim como a mãe de um filho transviado não cessa jamais de amar a criatura de suas entranhas, assim Deus jamais cessa de amar-te tal como és na realidade: a obra de suas mãos, a particular imagem de Si mesmo que tu representas. Deus detestará o teu pecado, mas jamais detestará a ti. Mesmo que te tenhas separado dEle pelo pecado, o seu amor continua a rondar-te, tentando achar, na couraça do amor que tens por ti mesmo, uma brecha pela qual possa introduzir-se para fazer com que regresses a Ele”.
“Além disso, o amor que Deus nos tem é um amor pessoal e individual. (…) Não nos ama (…) como se fôssemos uma pequena partícula na grande massa da humanidade. (…) Se tu fosses o único sobrevivente no mundo depois de uma guerra atômica, Deus não poderia amar-te mais, pessoalmente, do que te ama. Em cada momento absorves a sua atenção por inteiro, o seu amor total. Neste preciso instante, Deus está pensando em ti. “olhando-te” a ti, diretamente, amando-te”.
(TRESE, Leo, Não vos preocupeis. São Paulo, Quadrante, p. 9-10).