Valter de Oliveira
Imagine que você lesse as seguintes manchetes:
- Espíritas materialistas atacam a teoria da reencarnação.
- Comunistas marxistas publicam manifestos defendendo o Estado mínimo, a propriedade privada dos meios de produção e a livre iniciativa.
- Matemáticos anti-abstracionistas iniciam Congresso na USP.
Seria o samba do crioulo-doido, não é mesmo? Nem a loucura do mundo moderno nos levaria a concluir que as três afirmações sejam lógicas ou coerentes.
Entretanto tal loucura chegou a algumas correntes “teológicas” infiltradas na Igreja…
Um exemplo é a carta que publicamos hoje no site. É daquelas senhoras que se afirmam teólogas e se auto-intitulam “católicas pelo direito de decidir”.
Na realidade elas não são católicas. Elas sabem disso. Sabem que os “ideais” que pregam são condenados pela Igreja. Sabem que ao defender o aborto, por exemplo, estão automaticamente excomungadas.
Leiam a carta delas ao Papa. O que demonstra? Amor à Igreja de sempre?
Infelizmente não estão sós. Fazem parte de uma corrente na Igreja. Intitulam-se de progressistas. No caso, progressistas mais radicais que defendem a hermenêutica da ruptura. Daí desejarem uma nova Igreja que, no campo moral, já começa a defender uma nova teologia: a da diversidade.
Diversidade que não é respeito e amor por tudo de bom que possa haver nos homens e nas mais diferentes culturas. É a diversidade que abraça e beija o vício e o pecado. Não acolhe o pecador para convertê-lo. Pelo contrário, contribui para que se mantenha no mal.
Em nome da autonomia do ser humano, colocado acima de qualquer lei moral, esquecem-se dos mandamentos. Como ouvi de um padre na Universidade: “é lei de Moisés!”
Só falta dizer que o supremo pecado seria fazer apostolado, evangelizar, “converter”.
Se realmente tivessem fé, se fossem devotos, pediria que lessem o que escreveu S. Luis sobre os devotos presunçosos. (1)
Eles se esquecem de que a Igreja de hoje é a de sempre.
Que a Virgem Mãe de Deus, Mãe de todos nós, livre-nos dos “novos teólogos” e nos faça ter a fé que saiba enfrentar a onda de loucuras e iniquidades. Que nossa devoção, como S. Luis ensina, seja interior, terna, constante, desinteressada, santa.
Nota:
- Artigo: “S. Luis de Montfort e os devotos presunçosos”.