No marco das controvérsias suscitadas em torno do Sínodo da Amazônia, Dom Antônio Carlos Rossi Keller, Bispo da Diocese de Frederico Westphalen (RS), advertiu recentemente de que a Igreja vive “tempos difíceis”.
O Sínodo da Amazônia, que se realiza no Vaticano de 6 a 27 de outubro deste ano, não esteve livre de polêmica. Cardeais e bispos, entre eles o prelado emérito de Marajó, Dom José Azcona, pronunciaram-se sobre o risco de que a ocasião venha a abrir as portas para ordenações sacerdotais de mulheres e que homens casados também tenham acesso ao sacerdócio, além de equiparar as religiões indígenas com o cristianismo.
Através de suas redes sociais, Dom Keller expressou neste 16 de setembro que estes são “tempos difíceis para a Una, Santa, Católica e Apostólica Igreja de Cristo. Tempos de traições e defecções, especialmente por parte de muitos daqueles que deveriam ser Mestres da Fé, da verdadeira Fé e que se transformaram em postuladores das mais vis e já combatidas heresias”.
“Ordenações de mulheres, mudança da matéria do Sacramento da Eucaristia, pajelanças introduzidas na Sagrada Liturgia… o resultado intencional de tudo isso, eufemisticamente chamado de “novo paradigma para a Igreja”, o que de fato se pretende é o rompimento com a Sagrada Tradição, com o autêntico Magistério da Igreja”, disse.
O Prelado lamentou que os que promovem estas coisas “realmente querem é outra Igreja”.
“Por que simplesmente não abandonam eles a Barca de Cristo? Porque o que desejam agora é jogar fora desta Barca os que deles discordam. É uma questão de “apoderamento eclesial”, pontuou o bispo.
“É preciso rezar pela Igreja, rezar pelo Sínodo, para que não se transforme em um instrumento de traição à verdadeira fé. Sobretudo, rezar pelo Papa Francisco, para que neste momento dramático da História da Igreja seja Mestre da Fé”, concluiu.