Por que Mater Admirabilis?
S. Luis de Montfort ensina que “Toda sua vida Maria permaneceu oculta; por isso o Espírito Santo e a Igreja a chamam Alma Mater – Mãe escondida e secreta”. Foi por profunda humildade que ela quis “esconder-se (…) de toda criatura, para se conhecida somente de Deus”.
O Santo nos diz que “Deus providenciou para que oculta ela permanecesse (…) passando despercebida aos olhos de quase toda criatura humana. (…) Os anjos perguntavam muitas vezes: Quem é esta?
pois que o Altíssimo lha escondia. (…) Deus Pai consentiu que jamais em sua vida ela fizesse algum milagre (…). Deus Espírito Santo consentiu que os apóstolos e evangelistas a ela mal se referissem, e apenas no que fosse necessário para manifestar Jesus Cristo”.
No entanto, completa S. Luis, ela era a Esposa do Espírito Santo… E passa a descrever as maravilhas da Virgem:
“Maria é a obra-prima por excelência do Altíssimo, cujo conhecimento e domínio Ele reservou para si. Maria é a Mãe Admirável do Filho, a quem aprouve humilhá-la e ocultá-la durante a vida para lhe favorecer a humildade, tratando-a de mulher (…), como a uma estrangeira, conquanto em seu Coração a estimasse mais que todos os anjos e homens. Maria é a fonte selada (Ct 4,12) e a esposa fiel do Espírito Santo, onde só Ele pode penetrar. Maria é o santuário, o repouso da Santíssima Trindade, em que Deus está mais magnífica e divinamente que em qualquer outro lugar do Universo, sem excetuar seu trono sobre os querubins e serafins; a criatura alguma, pura que seja, pode aí penetrar sem um grande privilégio”. (1)
Mater admirabilis, ora pro nobis!
1. Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria, S. Luís Maria Grignion de Montfort. Vozes, Petrópolis, 1981, p. 17,18
SANTO DO DIA
SANTA TERESINHA
“Não quero ser santa pela metade, escolho tudo”.
A santa de hoje nasceu em Alençon (França) em 1873 e morreu no ano de 1897. Santa Teresinha não só descobriu que no coração da Igreja sua vocação era o amor, como também sabia que o seu coração – e o de todos nós – foi feito para amar. Nascida de família modesta e temente a Deus, seus pais (Luís e Zélia) tiveram oito filhos antes da caçula Teresa: quatro morreram com pouca idade, restando em vida as quatro irmãs da santa (Maria, Paulina, Leônia e Celina). Teresinha entrou com 15 anos no Mosteiro das Carmelitas em Lisieux, com a autorização do Papa Leão XIII. Sua vida se passou na humildade, simplicidade e confiança plena em Deus.
Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecia a Deus pela salvação das almas e na intenção da Igreja. Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face esteve como criança para o Pai, livre, igual a um brinquedo aos cuidados do Menino Jesus e, tomada pelo Espírito de amor, que a ensinou um lindo e possível caminho de santidade: infância espiritual.
O mais profundo desejo do coração de Teresinha era ter sido missionária “desde a criação do mundo até a consumação dos séculos”. Sua vida nos deixou como proposta, selada na autobiografia “História de uma alma” e, como intercessora dos missionários sacerdotes e pecadores que não conheciam a Jesus, continua ainda hoje, vivendo o Céu, fazendo o bem aos da terra.
Morreu de tuberculose, com apenas 24 anos, no dia 30 de outubro de 1897 dizendo suas últimas palavras: “Oh!…amo-O. Deus meu,…amo-Vos!”
Após sua morte, aconteceu a publicação de seus escritos. A chuva de rosas, de milagres e de graças de todo o gênero. A beatificação em 1923, a canonização em 1925 e declarada “Patrona Universal das Missões Católicas” em 1927, atos do Papa Pio XI. E a 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face doutora da Igreja.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós!
Sábado, 01 de outubro de 2011